JS Braga

Afinal o PS está aqui

André Lopes Patrão

André Lopes Patrão

Ex-Presidente da JS Braga

Foi no dia 21 de Maio, numa tarde de sol e bom tempo, que a Concelhia do Partido Socialista de Braga se prestou a uma homenagem sentida e merecida a militantes e autarcas que, com políticas de esquerda, progressistas, defensoras do Estado Social, construíram uma parte importante da comunidade bracarense.

No Theatro Circo, a mítica sala de espetáculos que foi palco de memoráveis episódios da história do Partido Socialista, tanto a nível local, como a nível nacional e que representa um bastião da cultura bracarense, a plateia honrou o momento, impondo-se com várias centenas de pessoas, transcendendo as fronteiras políticas e transformando o evento num momento único de reconhecimento e celebração entre militantes, a sociedade civil e o poder político.

Perguntar-se-á o leitor: mas qual é o assunto da crónica, afinal?

Bem, o propósito passa por refletir e retirar ilações importantes sobre o passado, o presente e o futuro e que, no fundo, até encadeiam na última crónica, onde refletimos, em conjunto, como sempre, sobre a importância da participação cívica e política de forma ativa, e em que tomamos como exemplo as eleições na Turquia e as várias dezenas de milhões de pessoas que exerceram o seu direito ao voto.

Primeiro, começo por destacar a audácia e ambição da atual direção do PS Braga: prestar-se a encher o Theatro Circo, a um domingo, da parte da tarde, a par da mítica Rampa da Falperra, da “Braga Romana” e antes de um jogo de futebol, num contexto de pressão sobre o Governo, é de uma tremenda ousadia. Mas quem dirige, coordena e está à frente de uma organização, de uma associação, de uma instituição ou até de uma empresa, tem de ter esta capacidade e ousadia de sonhar, sem medo, especialmente pela responsabilidade que assume de representar as pessoas e o seu futuro.

Em segundo, a plateia: 750 pessoas. Uma sala cheia, repleta de diversidade, com pessoas com diferentes origens, de espectros sociais diferentes, de idades diferentes e que conhecem realidades diferentes do nosso país, no qual, até Abril de 74, se vivia na miséria, na pobreza, no analfabetismo, na falta de cuidados de saúde e de proteção social, na inexistência de uma escola pública para todos, sem elevador social para os que nasciam longe, em famílias com menos posses, em contexto mais difíceis.

Em terceiro, o reconhecimento do passado como parte integrante do presente, reconhecendo os erros da governação, mas recordando tudo o que construímos, em conjunto, em cada freguesia, por todo o concelho e que se reflete em muito mais que o vasto património físico e material que a coligação herdou: as pessoas e a grande comunidade Bracarense. Ao mesmo tempo, assumir o momento como virar de página e como sinónimo de vitalidade do PS Braga para o futuro da nossa cidade, contando com várias pessoas que compõe uma equipa com capacidade de reverter os últimos 10 anos de estagnação e inércia que pauta o atual executivo municipal, no qual Braga se perdeu e se afastou do seu desígnio de capital do Minho, apresentando parte do projeto que o PS Braga tem para o futuro, em conjunto com a JS Braga e com as Mulheres Socialistas – Igualdade e Direitos.

Por fim, o significado de homenagear as mulheres e os homens, autarcas e militantes, pelo trabalho que desenvolveram e pela importância do compromisso às causas que defendemos e à construção da comunidade que queremos para o nosso país, onde todos contribuímos para todos, onde ninguém fica para trás. Aplaudidos de pé, todos eles foram reconhecidos, pelo seu

tempo dedicado à causa pública, a servir as pessoas, com o seu esforço e dedicação em prol do Partido Socialista e da comunidade, pelas suas histórias de luta e perseverança que devem inspirar as novas gerações, reforçando a importância da participação cívica e do compromisso com a construção de uma sociedade mais solidária, mais justa e com mais esperança no futuro do nosso concelho e da nossa tão querida cidade de Braga, e no qual afirmamos que o PS está aqui!

Artigo publicado em: Correio do Minho