JS Braga

Afinal o PS está aqui

Inês João Rodrigues

Inês João Rodrigues

Presidente da JS Braga

Neste que é o primeiro artigo que assino enquanto Presidente da Concelhia de Braga da Juventude Socialista e, fruto dos acontecimentos da última semana, o tema só pode ser a situação política actual.
O Governo de António Costa chegou ao fim. O Primeiro Ministro, ainda em funções, aparentemente visado num processo judicial, tomou a decisão de apresentar a sua demissão. À mulher de César não basta ser, tem que parecer, e na mínima dúvida sobre a sua idoneidade, António Costa, não hesitou em sair, protegendo o prestígio das nossas instituições democráticas.

O Sr. Presidente da República que, por um lado, se mostrou determinado em convocar eleições, por outro lado, mostrou pouca segurança na decisão. A prova disso é que deu indicações para aprovar o Orçamento de Estado para 2024, mostrando que o Orçamento do PS é um bom orçamento. Quem concordou, foi também Luís Montenegro, que governaria com um orçamento do PS, no qual até já tinha anunciado que votaria contra. Mais tarde, certamente depois de alguma contestação interna, propôs-se a apresentar um orçamento retificativo quando fosse eleito.


O Prof. Marcelo, assistindo à impreparação da oposição, demonstra que prefere ter um orçamento aprovado, a ter que enfrentar o pântano sem orçamento.

Nos últimos oito anos, Portugal, superou-se. Enfrentou diversas crises e conseguiu virar cada uma dessas páginas: Portugal enfrentou os piores incêndios da sua história, enfrentou uma pandemia, enfrentou as consequências de uma guerra na Ucrânia, enfrenta uma crise inflacionista e já começa a sentir os efeitos da guerra que estalou entretanto no Médio Oriente.

Mas também crescemos. De 2015 a 2019, o crescimento foi de 2,8% ao ano e, se incluirmos os anos de 2020 e 2021, com a contração provocada pela pandemia, desde 2016, cresceu em média 2% ao ano – 10 vezes mais do que a média anual dos 15 anos anteriores, tendo sido o segundo país da União Europeia que mais cresceu em 2022. Em 2023, Portugal mantém-se como um dos países da União Europeia com o crescimento económico mais forte, se o crescimento mantiver o ritmo do ano, Portugal fechará o ano com um crescimento do PIB à volta de 2%.

Relativamente ao emprego, Portugal está entre os 20 países da OCDE com emprego recorde. A taxa de emprego subiu para 72,4% em Portugal, atingindo máximos de 18 anos. O Salário Mínimo era de €505 em 2015, mas a partir de 1 de Janeiro de 2024 será de €820, com mais aumentos na função pública e incentivos aos aumentos dos salários médios para todos.


Portugal é hoje um país melhor que em 2015, com mais emprego, melhores salários, menos carga fiscal e mais sustentabilidade das contas públicas. Todas as conquistas dos portugueses se fazem com base em dois princípios basilares: devolver rendimentos e manter as contas certas. António Costa prometeu e cumpriu, e esse seu legado ficará para as gerações actuais e futuras.


Não sabemos o desfecho das eleições de dia 15 de março e quem considerar que o consegue prever estará a fazer futurologia. O PS vai agora começar um curto, mas intenso, período de reflexão interna. José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos já apresentaram as suas candidaturas e os militantes do PS serão chamados a decidir o futuro do Partido, já nos dias 15 e 16 de dezembro. O futuro do país, esse está nas mãos dos portugueses, que saberão, avaliar aquilo que foram os últimos anos, e a resiliência que queremos para os próximos. O PS esse, continua pronto: pronto para servir Portugal.

Artigo publicado em: Correio do Minho